Pôr do Sol no horizonte

Aos primeiros raios de sol do dia ouvem-se chilrear como se desejassem um bom dia umas às outras. É um chilrear fininho meio dobrado mas que nos faz sorrir pela manhã.
Quando saio de casa olho para o céu e eis que já as vejo, livres e serenas como só elas sabem ser.
Começaram por ser duas que timidamente fizeram um ninho na varanda ao lado da minha. No ano seguinte passaram a ser mais e outro ninho aparecia numa outra esquina, mais tarde um dos ninhos foi destruído mas elas não desistiram e encontraram outro cantinho sossegado e aconchegante. Não sei se alguém como eu as observa da janela. Eu gosto de olhar para elas, de pensar como são pequeninas e ao mesmo tempo tão grandes. Por vezes pousadas num fio que atravessa de um prédio ao outro, parece que sorriem, olhando para os filhotes que vão crescendo e sendo cada vez mais. Não as conheço uma a uma, não sei quantas voltam ano após ano. Sei que assim que começa o frio elas desaparecem para voltarem no ano seguinte.
Sei que no primeiro dia deste ano em que percebi que elas tinham voltado, sorri e a primeira coisa que disse assim que entrei em casa, foi: "Mãe, as andorinhas já voltaram".

Noutro dia vinha no meu carrinho de regresso a casa depois de um longo dia de trabalho, e eis que reparo no carro que seguia à minha frente. Pendurado no espelho retrovisor, onde a maioria das pessoas tem um boneco ou qualquer outra coisa mais ou menos banal, estavam penduradas umas algemas. Na altura sorri e dei por mim a imaginar o que leva alguém a colocar umas algemas no carro. Claro que a seguir vim pelo caminho a pensar se teriam algum uso prático ou se nem por isso. Já estava a imaginar o carro meio escondido algures entre umas moitas, sob a luz da lua, uns pulsos algemados pedindo ajuda eheheheh

Há já vários dias que planeio vir aqui escrever. Sobre o quê? Pois esse tem sido o meu problema. Não sei sobre o que me apetece escrever. Sobre tudo e sobre nada. Vou pela rua e eis que me surge uma ideia, mas quando me sento aqui à frente do monitor, é como se todo o meu espirito de repente fosse apenas vento e não mais que isso. Ainda não arranjei um bloco de notas para não deixar as ideias fugirem. Mas normalmente as ideias para futuros posts aparecem quando estou a conduzir e digamos que não dá muito jeito fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
Algumas pessoas escrevem mais quando estão tristes, outras apenas quando estão eufóricas, muitas quando estão apaixonadas, outras ainda quando lhes apetece divagar sobre algo. Eu não tenho um estado de espirito definido onde seja mais criativa. Às vezes as palavras brotam como se de uma fonte se tratasse, outras vezes a fonte parece estar seca ou quem sabe apenas adormecida à espera de uma chuva fresquinha que a alimente e lhe dê vida novamente.
Quase todos os dias vagueio um bocadinho por blogs alheios, parttilhando ideias quase sempre silênciosamente. Gosto mais de ler do que deixar um comentário, mas de vez em quando lá ficam duas ou três linhas para marcar presença e contribuir com a minha pequenina marca. Foi o que acabei de fazer, mas desta vez aqui no meu cantinho, no meu blog.

Na sexta feira passada quando ia para o trabalho pela manhã, anunciavam na rádio que iria abrir em Lisboa uma pista de gelo descoberta, com patins disponíveis e a entrada seria de 2 Euros.
Ora como tenho uma amiga que é fascinada por patinagem no gelo, pensei logo que tinha de lhe mandar uma mensagem com a boa notícia.
Hoje decidi investigar um bocadito mais e vim ver se encontrava mais informação sobre isso. Sendo assim aqui ficam as minhas descobertas para quem quiser experimentar...



2004-02-06
INAUGURAÇÃO DA PISTA DE GELO


O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, inaugura a primeira pista de gelo de Lisboa ao ar livre, na Av. 24 de Julho (traseiras do edifício do IADE).

O inédito equipamento de lazer com uma área de 800 m2, tem 8 a 10 cm de espessura de gelo e dispõe de 500 pares de patins de gelo, um chalé para mudança de patins e acessórios diversos para animações – balizas, sticks, equipamentos para hóquei no gelo.

Mais do que um local para a prática e aprendizagem da patinagem no gelo, pretende-se que a pista seja um pólo importante de animação com bares, esplanadas, uma bancada com 300 lugares e um programa regular de eventos, que abrange projecções multimédia, actuações de DJ’s, música de dança, entre outros.

A Pista de Gelo estará a funcionar, desde o dia 6 de Fevereiro, de Domingo a Quarta-feira, das 9 até às 23 horas e de Quinta-feira a Sábado das 9 até às 2 horas da manhã.

Ao ler um post sobre pontes colocado no site do Jotinha, dei por mim a pensar na minha travessia diária pela Ponte Vasco da Gama.
Não há nenhuma razão especial para eu gostar tanto daquela ponte, no entanto gosto dela. E porquê?
Principalmente pela Vida que tem. Não falo da quantidade de carros que andam sempre de trás para a frente e de frente para trás, também não falo das velocidades loucas que por vezes se atingem, nem tão pouco das manobras quase acrobáticas feitas por alguns "artistas" .
Falo daqueles pormenores nos quais gosto de reparar cada vez que por lá passo. E estou a falar dos flamingos que se podem observar nas margens alagadas, mesmo no inicio da travessia de quem vai da margem sul para Lisboa, do seu cor de rosa esbatido e da sua calmaria enquanto na ponte gente e mais gente percorre a distância necessária para chegar ao seu destino.
Gosto de ver a cidade, Lisboa, à minha frente em dias de nevoeiro, em que aparece envolta num "manto mágico", que por vezes nos faz sonhar com cidades dos contos de fadas ou quem sabe nos pode transportar também para algum filme de terror.
Gosto de observar as aves que voam por cima dos carros e que formam V's. Por vezes dou por mim a imaginar qual será o seu destino ou de onde apareceram, será que vieram de paragens longínquas antes de ali chegar, ou será que sairam da esquina mais próximoa?!
De vez em quando sou brindada com um arco-iris brincalhão que decide aparecer e mostrar que há dias coloridos mesmo nos dias em que a chuva se mistura com os raios brilhantes do sol e em que ficamos mais irritados porque está chuva e tudo nos parece mais escorregadio e húmido.
Um nascer do sol, ainda que seja pelo espelho retorvisor do carro é fascinante. Aquela bola de fogo imensa a aparecer sob a linha do horizonte, grande, gorda, brilhante, imponente e majestosa. Adoro, simplesmente adoro.

Ora aqui ficam uns links para quem quiser ver algumas fotos da dita ponte. São fotos publicadas no site www.thousandimages.com

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